Encontro de especialistas na Emerj debate fake news
As notícias falsas divulgadas pela internet (fake news) foram tema da palestra do o professor Walter Capanema, coordenador-geral dos cursos de Direito Eletrônico da Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj), nesta quarta-feira, dia 14, no auditório desembargador Roberto Leite Ventura. Na abertura do encontro, o desembargador Fernando Foch, presidente do Fórum Permanente de Mídia e Novas Tecnologias da Informação da Emerj, falou sobre o direito à informação. “Com essa revolução tecnológica que assistimos, toda pessoa que disponha de um simples telefone celular é um comunicador e exerce o direito de informar, mas há também o direito de ser corretamente informado e isso precisa ser analisado”, destacou.
Com o exemplo de uma notícia falsa, recebida pelas redes sociais, que afirmava que o presidente Michel Temer havia proibido a leitura da bíblia, o professor Walter Capanema, começou a palestra sobre as fake news amplamente compartilhadas nas redes sociais.
O professor mostrou fotos manipuladas por aplicativos e imagens falsas, como uma rachadura na ponte Rio-Niterói. Capanema alertou que provocar alarme produzindo pânico está previsto no artigo 41 da lei das Contravencoes Penais.
“Se a pessoa cria um perigo, manda uma mensagem que provoca alarme, ela pode ser conduzida ao juizado especial, possivelmente vai ser processada e pode responder pelo artigo 41 da Lei das Contravenções Penais”, alertou Walter Capanema.
Capanema destacou ainda que as fake news podem levar o autor a responder por questões de responsabilidade civil, calúnia, injúria, difamação e até incitação ao homicídio, como o caso que aconteceu em 2014, no Guarujá, no litoral paulista, com a dona de casa Fabiane Maria de Jesus, espancada até a morte por moradores da cidade, depois da divulgação de boatos de envolvimento em rituais de magia negra com crianças.
O palestrante orienta os usuários das redes sociais a evitar compartilhar boatos e notícias falsas. “A primeira dica é ter bom senso. Ler a notícia, prestar atenção no que se fala. Muitas vezes é uma notícia de um site de piada e as pessoas transmitem como se fosse verdade. O ideal é o seguinte: antes de compartilhar, cheque”, concluiu o professor.
Os debatedores Mauro Ventura, jornalista e escritor, e Sérgio Branco, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade, falaram da responsabilidade de cada usuário em verificar a veracidade da notícia antes de compartilhar. “Acho que é questão de alfabetização digital. Temos que estimular as pessoas a checar os fatos por si mesmas, ensinar isso nas escolas, preparar as pessoas para o mundo atual, com os desafios atuais”, propôs Sergio Branco.
“É preciso preparar desde cedo os jovens, porque achamos que, por eles terem nascido em um ambiente digital, sabem tudo sobre o mundo virtual, mas não é verdade.” destacou Mauro Ventura.
“Precisamos ensinar os nossos alunos a terem uma leitura crítica”, observou Sérgio Branco.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Emerj
Foto: Rosane Naylor/Emerj
3 Comentários
Faça um comentário construtivo para esse documento.
A gente tem que tomar cuidado , a gente sempre tem que conferir se é verdade ou é fake news, temos que tomar cuidado pra gente não ficar compartilhando fake news. continuar lendo
Hoje em dia existi muitas fake news precisamos tomar cuidado, sempre que for postar alguma coisa, tem pesquisar para ver se a noticia e fake ou é real, tomem cuidado por que tem muitas pessoas que postam isso de proposito. continuar lendo
A gente tem que tomar cuidado , a gente sempre tem que conferir se é verdade ou é fake news, temos que tomar cuidado pra gente não ficar compartilhando fake news e pensando que é verdade. continuar lendo