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24 de Abril de 2024

Justiça começa audiência de réus acusados de atuar em clínicas de aborto clandestinas

A juíza da 4ª Vara Criminal da Capital, Elizabeth Machado Louro, deu início nesta segunda-feira, dia 27, à audiência de instrução e julgamento (AIJ) dos 75 réus denunciados na Operação Herodes, considerada a maior já realizada contra clínicas clandestinas de aborto no país. Os réus respondem por crimes como homicídio qualificado, formação de quadrilha, aborto provocado por terceiro, ocultação de cadáver e aborto provocado por gestante.

Na primeira fase da AIJ, serão ouvidas testemunhas de acusação. O primeiro a depor foi o delegado da Corregedoria da Polícia Civil, Felipe Bittencourt do Valle, responsável pelas investigações que culminaram com a Operação Herodes. O delegado relatou que uma sindicância foi aberta em outubro de 2012 depois que a Corregedoria da Polícia Militar encaminhou um vídeo onde aparece uma movimentação de gestantes e seguranças na porta de uma casa, na Rua da Proclamação, em Bonsucesso. Outras três testemunhas foram designadas pelo Ministério Público para depor em juízo.

A partir das diligências e investigações, o delegado detectou que policiais civis e militares estavam envolvidos. A Corregedoria da Polícia Civil apurou o envolvimento de agentes em esquemas de vigilância de locais de aborto e descobriu que integrantes de um mesmo grupo trabalhavam em sete endereços.

O delegado afirmou que as investigações revelaram a existência de uma rede de clínicas de aborto que atuavam em parceria, e que a Operação Herodes serviu para desbaratar todo o esquema. “Não adiantava fechar apenas uma clínica e deixar toda a engrenagem criminosa funcionando”, explicou.

Com a Operação Herodes, clínicas de aborto foram fechadas nos bairros de Bonsucesso (a maior clínica), Copacabana, Guadalupe, Botafogo, Rocha e Campo Grande.

Foi em Campo Grande que ocorreu o caso da auxiliar administrativa Jandira Magdalena dos Santos Cruz, que havia saído de casa, no dia 26 de agosto, para pagar um aborto numa clínica clandestina. Um mês depois, um exame de DNA comprovou que o corpo de Jandira foi encontrado dentro de um carro em Guaratiba, na Zona Oeste.

Processo - 0312390-33.2014.8.19.0001

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