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25 de Abril de 2024
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    Da repressão à celebração: espetáculo conta relação histórica entre samba e Justiça

    De manifestação proibida, que precisava da licença emitida pelo chefe da Polícia para acontecer a um dos traços mais marcantes e respeitados da identidade nacional. O samba completa cem anos repleto de histórias que tratam da convivência tensa dos sambistas com os homens da lei. Esse será o fio condutor do espetáculo “A Justiça e o Samba – 100 anos de História: da Repressão à Celebração”, que terá apresentação única, na quarta-feira, 7 de dezembro, às 18h30, no Salão do Tribunal do Júri do antigo Palácio da Justiça.

    Além de cantar, o jornalista e pesquisador Pedro Paulo Malta vai contar histórias que inspiraram as composições incluídas no repertório e casos que ilustram a relação entre a lei e o samba. Entre as 26 músicas selecionadas, clássicos como “Pelo telefone” – o primeiro samba registrado em 1916, marco para a celebração deste centenário –, a pérolas como “Habeas corpus”, de Noel Rosa e Orestes Barbosa, “Justiça gratuita”, de Nei Lopes, “Meu bom juiz”, de Serginho Meriti e Beto Sem Braço, além de dois clássicos de Chico Buarque: “Acorda, amor” e “Homenagem ao malandro”.

    “Nesses cem anos que se passaram desde o registro de “Pelo telefone”, nenhum verso retratou a trajetória do samba com tanta precisão quanto os de Nelson Sargento: versos sobre o “negro forte destemido” que “foi duramente perseguido nas esquinas, nos botequins, no terreiro” - diz Pedro Paulo Malta, que fez a pesquisa musical e o roteiro, referindo-se à letra de “Agoniza, mas não morre”.

    O cantor estará acompanhado por Bernardo Diniz (cavaquinho), Joana Saraiva (flauta e sax tenor), Edgar Araújo (bateria e percussão) e Lucas Porto (violão de 7 cordas), que também assina a direção musical.

    A apresentação faz parte do programa Cultura é Justiça, da Diretoria-Geral de Comunicação e de Difusão do Conhecimento (DGCOM), do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

    “É um espetáculo original e criativo, que faz a junção entre a lei e o samba para mostrar como o que era reprimido e punido se consagrou como um dos mais importantes símbolos da identidade nacional”, diz Mauro Ventura, diretor-geral da DGCOM.

    Com duração de 75 minutos, o espetáculo tem entrada gratuita, com distribuição de senhas a partir de 18h. A lotação está sujeita à capacidade do salão histórico do antigo Tribunal do Júri, que tem lugar para 120 pessoas.

    Sobre Pedro Malta

    Jornalista e pesquisador musical, Pedro Paulo Malta iniciou carreira como cantor em 1996, participando das rodas de samba do bar Bip Bip, em Copacabana, e do Bar Semente, na Lapa. Desde então, participou de diversos shows, homenagens e espetáculos, em que se destacam "O samba é minha nobreza", concebido por Hermínio Bello de Carvalho, em 2002; "Lembranças Cariocas 2" (edição Praça Tiradentes), de Lefê Almeida, em 2004; "Sassaricando - e o Rio inventou a marchinha", que estreou em 2007; "Theatro Musical Brazileiro I (1860-1914)", de Luiz Antonio Martinez Corrêa e Marshall Netherland, em 2009; "É com esse que eu vou - o samba de carnaval na rua e no salão", de Rosa Maria Araujo e Sergio Cabral, em 2010.

    Gravou diversas participações em CDs, como "Um ser de luz - saudação a Clara Nunes" (Deckdisc), "O samba é minha nobreza" (Biscoito Fino), “Cachaça Dá Samba”, entre outros. Em parceria com Alfredo Del-Penho, com quem dividiu pesquisa e seleção de repertório, em 2004 lançou o CD "Dois bicudos" (Quelé), indicado ao “Prêmio TIM”, na categoria “Melhor Disco de Samba”. Em 2005, com Alfredo Del-Penho e Pedro Miranda, lançou o CD "Lamartiníadas - a música de Lamartine Babo", baseado no espetáculo homônimo realizado pelo trio dentro da série “Lamartine em revista", no CCBB. O disco, produzido por Henrique Cazes e lançado pela gravadora Deckdisc, foi indicado ao"Prêmio Rival BR"na categoria"Tributo".

    É atualmente coordenador do Portal das Artes da Funarte, onde também foi coordenador de música popular no Centro de Música, entre 2003 e 2007, e roteirista e pesquisador de diversos programas sobre música brasileira, como “Pixinguinha na pauta”, série realizada pela Rádio Batuta, do Instituto Moreira Salles, e também apresentada na Rádio MEC FM, sobre o legado de Pixinguinha.

    Foto: Brunno Dantas/TJRJ

    SERVIÇO

    “A Justiça e o Samba – 100 Anos de História: da Repressão à Celebração”

    Espetáculo musical

    Duração: 75 minutos

    Quarta-feira, 7 de dezembro, de 2016

    Às 18h30

    Antigo Palácio da Justiça - Salão Histórico do antigo Tribunal do Júri

    Rua Dom Manuel, 29 – 2º andar

    Com:

    Pedro Paulo Malta, pesquisa, roteiro e voz
    Lucas Porto, violão de 7 cordas e direção musical
    Bernardo Diniz, cavaquinho
    Joana Saraiva, flauta e saxofone tenor
    Edgar Araújo, bateria e percussão



    Entrada gratuita com distribuição de senhas a partir de 18h

    120 lugares

    Lotação sujeita à capacidade da sala

    O espetáculo faz parte do programa “Cultura é Justiça”, da Diretoria-Geral de Comunicação e de Difusão do Conhecimento do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro

    REPERTÓRIO COMPLETO - Nome do samba (compositor, ano da primeira gravação):

    1. Os tempos idos (Cartola e Carlos Cachaça, 1968)
    2. Pelo telefone (Donga e Mauro de Almeida, 1916)
    3. Tava na roda do samba (Salvador Correa, 1932)
    4. Delegado Chico Palha (Tio Hélio e Nilton Campolino, 2000 / composição de 1938)
    5. Estatutos de gafieira (Billy Blanco, 1954)
    6. Juca (Chico Buarque, 1966)
    7. Senhor delegado (Ernani Silva e Antoninho Lopes, 1957)
    8. Justiça gratuita (Nei Lopes, 1999)
    9. Habeas corpus (Noel Rosa e Orestes Barbosa, 2000 / composição de 1933)
    10. Lenço no pescoço (Wilson Baptista, 1933)
    11. Malandro (Jorge Aragão e Jotabê, 1976)
    12. Homenagem ao malandro (Chico Buarque, 1978)
    13. Acorda, amor (Chico Buarque, 1974)
    14. Saudade de Mangueira (Herivelto Martins, 1954)
    15. Rádio Patrulha (Silas de Oliveira, Marcelino Ramos, J. Dias e Luisinho, 1955)
    16. Polícia no morro (Geraldo Pereira e Arnaldo Passos, 1952)
    17. Senhor comissário (Haroldo Lobo e Benedicto Lacerda, 1945)
    18. Malvadeza durão (Zé Kéti, 1959)
    19. Mulato calado (Wilson Batista, Marina Batista e Benjamin Batista, 1947)
    20. Meu bom juiz (Serginho Meriti e Beto Sem Braço, 1986)
    21. Se liga, doutor (Batatinha e Marquinho Capricho, 1999)
    22. Reunião de bacana (Ari do Cavaco e Bebeto di São João, 1980)
    23. Agoniza mas não morre (Nelson Sargento, 1978)
    24. Alegria (Assis Valente e Durval Maia, 1937)
    25. Apoteose ao samba (Silas de Oliveira e Mano Décio da Viola, 1957)
    26. A voz do morro (Zé Kéti, 1955)
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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/da-repressao-a-celebracao-espetaculo-conta-relacao-historica-entre-samba-e-justica/411581419

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