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25 de Abril de 2024
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    'A Justiça é o Charme' leva música negra à Cidade da Justiça

    Pela primeira vez o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) promoveu uma festa popular aberta a pessoas de todas as classes sociais e idades, que foram à rua para dançar e confraternizar ao som do charme, a black music (música negra) que embala os subúrbios cariocas. O baile “A Justiça é o Charme” aconteceu neste sábado, 29, na Av. Erasmo Braga, no Centro, no complexo de prédios do Tribunal, conhecido como Cidade da Justiça. Segundo os organizadores do evento, aproximadamente mil pessoas, de diversos pontos do Rio de Janeiro, foram à festa para curtir ou aprender um pouco mais sobre o estilo. Para a realização da festa o Tribunal de Justiça teve a parceria da Prefeitura do Rio de Janeiro.

    O baile charme do TJRJ foi democrático e, além de unir o público em clima pacífico, serviu para mostrar que a Justiça pode e deve sempre buscar o diálogo com a sociedade. O professor e historiador Joel Rufino dos Santos, diretor-geral de Comunicação e de Difusão do Conhecimento do TJ e também um dos idealizadores do evento, comemorou o resultado da integração entre o Poder Judiciário e a população. Para ele, é importante que o Tribunal ganhe cada vez mais a confiança das pessoas.

    “As instituições que podem, se abrem para a sociedade, para ajudar a superar as crises. É um dever moral e político nosso”, disse o professor, que enfatizou também a força do baile charme para o meio social. “O baile charme é um processo cultural autônomo do Rio de Janeiro, e não é possível não abrigarmos essa cultura. É preciso fazer o negro entrar no Tribunal como criador de belezas, como artista, e não como réu”, falou Rufino.

    Quem concorda com o professor Joel Rufino é o advogado José Guilherme Costa. Acostumado a entrar no Fórum de maneira bem mais “comportada”, ele também acredita que as pessoas podem mudar a forma de olhar para a justiça, e que o baile é uma forma de aproximação das partes. “O jurisdicionado é o povo. Quanto mais todos se aproximarem, melhor”, diz.

    A festa teve grande produção. Em cima do palco, quem deu o tom foram alguns dos principais DJs dos bailes tradicionais cariocas, entre eles Corello DJ, um dos precursores desse tipo de festa, admirado pelos colegas músicos e pelo público. Corello aprovou a iniciativa de fazer um baile acessível a todos.

    “A missão é mostrar essa música que toca lá no subúrbio há quase 40 anos para uma parte da cidade, e apresentar o que temos para somar à cultura da sociedade”, diz. E para quem não conhece a música charme, o DJ deixa um recado: “Pode vir que a gente mostra que em cinco minutos se aprende a dançar”, brinca.

    A apresentação do baile foi de William Vorhees, que parabenizou a iniciativa do TJRJ de promover a cultura da música. Entre uma atração e outra, William deixava o recado claro para o público. “Sem Justiça não existe a democracia”, dizia o mestre de cerimônias, agradecendo ao Poder Judiciário. Entre os DJs que subiram ao palco estava Daniel dos Santos Ferreira, o DJ Dani RB, funcionário do TJRJ.

    A parte técnica ficou a cargo da empresa Inside Produções, que levou ao espaço do show dois caminhões com dez toneladas de equipamentos cada, e mais de vinte pessoas encarregadas para fazer com que as apresentações tivessem a qualidade planejada. Foram 4.000 watts de som, iluminação moving head e painéis de led de alta resolução, que exibiam imagens do público dançando.

    O baile “A Justiça é Charme” teve ainda um festival gastronômico, com os food trucks. O evento começou às 13h e terminou às 18h10, conforme previsto.

    GL / SAF

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