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19 de Abril de 2024
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    Especialista apresenta estudo que destaca conquistas das mulheres em Fórum da Emerj

    A evolução da reação da sociedade, ocorrida em mais de um século, para os casos de violência contra a mulher foi a tônica da palestra apresentada pela professora de História Social, Lana Lage, no Fórum Permanente de Violência Doméstica, Familiar e de Gênero. O evento aconteceu nesta sexta-feira, dia 27, na Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj).

    Autora do livro “História das Mulheres no Brasil”, a professora fez uma abordagem da violência contra a mulher desde o início dos anos 2000. Com base em reportagens que descrevem o assassinato de mulheres, e no julgamento dos autores do crime, Lana Lage mostrou como jornais e revistas traduziam a visão da sociedade para os crimes em diferentes períodos. Segundo a especialista, a imprensa e a Justiça, influenciadas por uma ideologia patriarcal, tratavam os casos de violência doméstica como um crime menor e, em alguns casos de repercussão, seus responsáveis deixavam de receber uma punição rigorosa. Lana Lage acrescentou que o cenário começou a alterar pela força das conquistas dos movimentos femininos a partir do século XX, quando passou a ser questionada a situação subalterna da mulher.

    Com o tema “Violência Contra a Mulher: da Legitimação à Condenação Social”, a palestra fez parte das comemorações ao Dia Internacional da Mulher, que foram promovidas durante todo mês de março pela Emerj e pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ). A juíza auxiliar da Presidência, Adriana Ramos Mello, que preside o fórum, lembrou a preocupação do presidente do TJRJ, desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, em estruturar os juizados no interior fluminense, a começar por Campos e Volta Redonda. Segundo a magistrada, existem fóruns no interior do estado com um grande número de processos que tratam da violência doméstica.

    Já o presidente da Emerj, desembargador Caetano Ernesto da Fonseca Costa, falou sobre a importância do aperfeiçoamento dos magistrados para atuar nos juizados de violência doméstica. Na opinião dele, o juiz precisa agregar conhecimentos sobre questões filosóficas, sociológicas e históricas para defender a preservação de valores fundamentais da sociedade. Junto com a juíza Adriana Ramos Mello, propôs a criação, ainda neste ano, de um curso no nível de pós-graduação para o estudo da Violência de Gênero.

    Participaram também do evento a subsecretária estadual de Políticas para a Mulher, Marisa Chaves de Souza, a secretária especial de Políticas para a Mulher, do município do Rio, Ana Rocha, e a professora de Sociologia Luciane Soares da Silva.

    PC/FB

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