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20 de Abril de 2024
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    Acusados de matar líder das "Mães de Acari" vão a júri popular

    O juiz Fábio Uchôa, titular da 1ª Vara Criminal do Rio, decidiu nesta quarta-feira, dia 22, submeter a julgamento pelo Tribunal do Júri sete acusados de participar do assassinato da diarista Edmea da Silva Euzébio, que liderava o grupo conhecido como “Mães de Acari”, que nunca encontrou os corpos de 11 jovens sequestrados em 1990. Ela e Sheila da Conceição foram emboscadas e mortas a tiros, no estacionamento do metrô da Praça Onze, em 15 de janeiro de 1993.

    O crime, segundo a denúncia, teria sido ordenado pelo coronel reformado da PM e ex-deputado estadual Emir Campos Larangeira. Além dele, também são réus os PMs Eduardo José Rocha Creazola, o "Rambo", Arlindo Maginário Filho, Adilson Saraiva Hora, o "Tula" e Irapuã Ferreira; o ex-PM Pedro Flávio Costa e o servidor municipal Luiz Cláudio de Souza, o "Mamãe" ou "Badi". A denúncia aponta ainda a participação de uma oitava pessoa, o agente penitenciário Washington Luiz Ferreira dos Santos, cujo processo foi desmembrado do principal e está na fase de produção de provas.

    Edmea teria sido morta por ter conseguido novas informações que localizariam os adolescentes de Acari – um deles seu filho - sequestrados em sítio de Magé, na Baixada Fluminense. Segundo a denúncia do MP, os acusados integravam o grupo conhecido como “Cavalos Corredores”, que agia sob as ordens do coronel Emir Larangeira, principalmente na década de 90, quando o oficial comandou o 9º BPM (Rocha Miranda).

    O caso, que chegou a ser arquivado, sofreu uma reviravolta em 2011, após o depoimento de uma nova testemunha. Ela contou que a reunião para matar Edmea teria ocorrido no gabinete do então deputado estadual Emir Larangeira, na Assembleia Legislativa (Alerj).

    A data de julgamento dos acuados somente será definida após o julgamento de possíveis recursos, sendo que todos poderão recorrer da decisão em liberdade.

    Entenda o caso

    A Chacina de Acari, como ficou conhecida, ocorreu no dia 26 de julho de 1990, quando 11 jovens, dentre elas sete menores, moradores da favela do Acari no Rio de Janeiro, foram retirados de um sítio em Suruí, bairro do município de Mgé, onde passavam o dia, por um grupo que se identificava como sendo policiais.

    Os sequestradores queriam jóias e dinheiro, e após supostamente negociarem a sua libertação por meio de um pagamento, levaram as vítimas para um local abandonado. Nem elas nem seus corpos até hoje foram encontrados.

    As mães dos desaparecidos começaram uma busca por seus filhos e por justiça, e ficaram conhecidas como as “Mães de Acari” (local onde a maioria dos sequestrados morava).

    Processo 0077862-16.1998.8.19.0001

    AB/NC

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