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26 de Abril de 2024
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    Caso Amarildo: réus são interrogados em audiência

    O juízo da 35ª Vara Criminal da Capital realizou nesta terça-feira, dia 15, mais uma audiência de instrução e julgamento no processo que envolve 25 policiais militares acusados de terem torturado e desaparecido com o ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, em 14 de julho de 2013, na Rocinha, Zona Sul do Rio. Ao todo, oito réus foram ouvidos.

    O primeiro réu interrogado pelo juízo foi o soldado Maia, motorista do tenente Luiz Medeiros, réu no processo. Segundo seu relato, a rotina dele consistia em ficar no carro aguardando as ordens do tenente. No dia 14 de julho, o soldado afirmou que foi à base da Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha por volta de 19h avisar que iria jantar. Após lanchar em uma mercearia, o PM alega ter retornado ao carro e lá teria permanecido por toda a noite.

    Os soldados Jonatan Moreira, Márcio de Lemos e Bruno dos Santos Rosa também foram interrogados. Eles afirmaram que, também em torno das 19h do dia 14, receberam ordens para não sairem dos contêineres até segunda ordem. Os três afirmaram que não ouviram gritos ou barulhos do lado de fora da base e que foram liberados às 21h.

    O soldado Sidney Macário, que também atuava no setor administrativo da UPP, afirmou que no dia 14 de julho entrou no contêiner por volta das 18h e só saiu de lá às 21h, quando foi liberado. Negou os fatos narrados na denúncia. A soldada Vanessa Coimbra também foi interrogada. Ela disse que entrou no contêiner pouco depois das 17h. Pouco antes de deixar o local, saiu apenas para ir ao banheiro, que ficava ao lado. A PM afirmou que ouviu vozes vindas da parte de trás do contêiner. Segundo ela, eram várias pessoas falando ao mesmo tempo, não sabendo apontar de quem seriam as vozes.

    Os soldados João Magno e Rafael Mandarino, que trabalhavam com a Soldado Vanessa Coimbra no mesmo contêiner, também foram interrogados pelo juízo. O soldado Magno afirmou que no dia 14 de julho entrou na sede da UPP por volta das 15h, saindo de lá apenas na hora de ir embora, por volta das 21h. O policial disse que não ouviu qualquer voz enquanto estava lá dentro. O soldado Rafael Mandarino afirmou que entrou no contêiner por volta de 12h30min, e que só deixou o local a tarde para ir ao banheiro. Por volta das 21h, foi liberado.

    A próxima audiência foi marcada para o dia 28 de abril. Resta um réu a ser interrogado.

    Processo no - 0271912-17.2013.8.19.0001

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/caso-amarildo-reus-sao-interrogados-em-audiencia/116555426

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